A tireoide é uma glândula que comanda todo o bom funcionamento do organismo. Ela possui uma forma que lembra uma borboleta (com dois lobos), se localiza na região do pescoço e produz dois hormônios que atuam como mensageiros das funções metabólicas que são: triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
Estes dois hormônios circulam na corrente sanguínea e são responsáveis por regular a função dos órgãos, controlando o metabolismo, a transformação de alimentos em energia e a temperatura.
A tireoide tem ação direta nas funções de órgãos como o cérebro, coração, rins e fígado, influenciando na fertilidade, no ciclo menstrual, no controle emocional, na capacidade de concentração, memória e peso.
Porém, quando a tireoide não funciona corretamente, pode ocorrer a liberação de hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertireoidismo). Em ambos os casos é possível notar que o volume da glândula aumenta, fenômeno conhecido como bócio.
Os distúrbios da tireoide podem se manifestar de diversas formas e os principais são:
É a condição em que a tireoide produz os hormônios T3 e T4 em excesso e pode ocasionar complicações cardiovasculares quando não tratada. A Doença de Graves é a causa mais comum de hipertireoidismo (80% dos casos), tem origem autoimune, sendo 5 a 10 X mais comum em mulheres do que em homens. As mulheres entre 20 e 40 anos são as mais afetadas, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária.
Principais sinais e sintomas:
Esta é a condição oposta ao hipertireoidismo. Neste caso ocorre queda na produção dos hormônios T3 e T4, ocasionando uma lentificação generalizada dos processos metabólicos. Em nosso meio, a Tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo, sendo uma doença autoimune em que o organismo produz anticorpos contra a tireoide diminuindo sua capacidade de produzir hormônios.
Os sintomas podem ser apresentar como:
O bócio é o aumento de volume na tireoide, podendo ser classificado como difuso ou nodular e estar associado ou não ao hipotireoidismo ou ao hipertireoidismo. Geralmente é diagnosticado durante exame físico de rotina ou quando o indivíduo ou seus familiares percebem um aumento do volume no pescoço. Se a função tireoidiana está preservada, a maioria dos casos de bócio é assintomático. Já bócios muito grandes podem causar sintomas compressivos nos órgãos adjacentes como: dificuldade para engolir, rouquidão, tosse e falta de ar.
NÓDULOS DA TIREÓIDE
Os nódulos de tireoide são um achado bastante comum na prática clínica diária, e em geral tem evolução bem insidiosa e assintomática.
A doença nodular da tireoide inclui nódulos solitários e o bócio multinodular, com etiologias diversas, sendo mais comum em mulheres, idosos e em regiões com deficiência de iodo. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos de tireoide em algum momento da vida, porém apenas 5 a 10% desses nódulos são malignos.
CÂNCER DA TIREOIDE
O câncer de tireoide é considerado um tipo raro de câncer uma vez que acomete aproximadamente 1% da população, sendo mais frequente na faixa etária entre 30 e 50 anos, mas pode acometer crianças e idosos. Ele é 3 vezes mais prevalente em mulheres, mas também pode afetar homens.
Os fatores de risco incluem:
O diagnóstico precoce do câncer de tireoide aumenta as chances de sucesso do tratamento.
Todas as doenças da tireoide citadas podem ser facilmente diagnosticadas e/ou tratadas a partir de uma consulta com o endocrinologista que é o especialista responsável por checar o funcionamento da glândula. Por isso, é importante que as pessoas façam consultas regulares, bem como realizem periodicamente os exames de rotina para checar a saúde do corpo.