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TIRZEPARTIDA: MEDICAMENTO SURPREENDE COMO NOVO TRATAMENTO PARA A OBESIDADE

Muito em breve pessoas que sofrem de obesidade ou sobrepeso contarão com um novo aliado, o Tirzepatida, medicamento fabricado pela farmacêutica norte-americana lilly. A empresa anunciou que o medicamento alcançou resultados muito favoráveis em um grande estudo clínico, intitulado de SURMOUNT-1, que envolveu cerca de 2,3 mil voluntários.

 

O medicamento experimental permitiu que pessoas com obesidade ou sobrepeso perdessem até 22,5% de seu peso corporal e ainda que alguns participantes que perderam peso suficiente, se enquadrassem na faixa de peso normal.

 

A maioria dessas pessoas que participou do estudo não se qualificava no perfil para cirurgia bariátrica.

 

Perfil dos participantes

Os participantes do estudo com a Tirzepatida tinham um IMC que os classifica como sobrepeso ou obeso. Por exemplo, os valores de IMC acima de 30 indicam que a pessoa se enquadra na categoria de obesidade. Entre 25 e 29,9, ela é classificada como sobrepeso.

 

Além da classificação de IMC, todos os participantes apresentavam ao menos um fator de risco como: níveis altos de colesterol, pressão alta, doenças cardiovasculares e apneia obstrutiva do sono.

 

Além de observar a função da medicação como auxiliar no tratamento da obesidade, o estudo visa ainda verificar se o Tirzepatida impede o surgimento do diabetes tipo 2, por isso nenhum dos participantes podia apresentar a doença.

 

Àqueles que tinham pré-diabetes no início do estudo, ainda permanecerão inscritos no SURMOUNT-1 por mais 104 semanas de tratamento após a data inicial de conclusão de 72 semanas para que seja avaliado o impacto no peso corporal e as diferenças potenciais na progressão para diabetes tipo 2, em três anos de tratamento com tirzepatide, em comparação com placebo.

 

Estudo do medicamento Tirzepatida

Participaram do estudo um total de 2.539 pessoas em nove países, com peso corporal médio de 105 kg e IMC médio de 38. Os participantes foram divididos aleatoriamente em quatro grupos e todas receberam aconselhamento dietético para reduzir a ingestão de cerca de 500 calorias por dia.

 

Um grupo dos grupos foi selecionado de forma aleatória para tomar um placebo, enquanto que os demais receberam o tirzepatida com variação de dosagem de 5 miligramas a 15 miligramas. Todos os próprios voluntários injetaram o remédio subcutâneo uma vez por semana.

 

Os participantes que tomaram a medicação alcançaram reduções médias de peso de 16,0% (com a dose de 5 mg), 21,4% (com a dose de 10 mg) e 22,5% (com a dose de 15 mg), enquanto que os que receberam o placebo tiveram redução de 2,4%.

 

As reações adversas mais relatadas estão relacionadas ao trato gastrointestinal e, na maioria dos casos, a gravidade foi de leve a moderada, e sempre ligadas ao período em que as doses da medicação eram aumentadas. Dentre os sintomas mais comum estão:

 

  • Náuseas;
  • Diarreia;
  • Vômitos;
  • Constipação.

 

O próximo passo da farmacêutica será solicitar a autorização de uso do novo medicamento contra a obesidade para a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos e para outras agências de saúde ao redor do mundo.

 

Sobre o Medicamento

A Tirzepatida é um novo receptor GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e agonista do receptor GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon), aplicado uma vez por semana, representando uma nova classe de medicamentos em estudo para o tratamento da obesidade.

 

É um único peptídeo que ativa os receptores do corpo para GIP e GLP-1, dois hormônios incretinas naturais.

 

Em modelos pré-clínicos, o GIP demonstrou diminuir a ingestão de alimentos e aumentar o gasto energético, resultando em reduções de peso e, quando combinado com o agonismo do receptor GLP-1, pode resultar em maiores efeitos em marcadores de desregulação metabólica, como peso corporal, glicose e lipídios.

 

A medicação está em fase 3 de desenvolvimento para adultos com obesidade ou sobrepeso com comorbidade relacionada ao peso, e está atualmente sob revisão regulatória como tratamento para adultos com diabetes tipo 2.

 

Também está sendo estudado como um potencial tratamento para esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) e insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP).

 

Estudos de Tirzepatida na apneia obstrutiva do sono (AOS) e na morbidade/mortalidade na obesidade também estão planejados.

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