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A PANDEMIA DO DIABETES

A pandemia da COVID-19 desencadeou problemas das mais diversas naturezas em indivíduos do mundo inteiro, e os problemas de saúde estão, sem dúvidas, entre os que mais se destacaram, dentre eles o Diabetes, tendo como maior prevalência o tipo 2 da doença.

 

Segundo dados apresentado pela décima edição do Atlas do Diabetes, divulgados em dezembro de 2021, pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), mais de 500 milhões de pessoas com idade entre 20 e 79 anos têm diabetes no mundo, representando uma alta de 16% no número de diagnosticados com a doença nos últimos dois anos. Os especialistas projetam ainda que até 2030 o número de pessoas com a doença atingirá a marca de 643 milhões, e em 2045 serão 784 milhões.

 

O diabetes tipo 2 corresponde a 90-95% dos casos e está fortemente associado ao excesso de peso e ao sedentarismo. Atualmente 1 em cada 10 adultos no Brasil tem diabetes e quase um terço (32%) dessas pessoas não tem diagnóstico.

 

O diabetes tipo 2 caracteriza-se pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas, ou pela incapacidade do organismo de utilizar a insulina produzida de forma eficiente. Este tipo é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, que tenham histórico familiar, hipertensão arterial, obesidade, sedentárias e sem hábitos saudáveis de alimentação. Uma parte da explicação para a falha no funcionamento do pâncreas está na genética. Mas o gatilho para o diabetes tipo 2 está fortemente associado ao estilo de vida.

 

SINTOMAS

Geralmente os pacientes com diabetes tipo 2 são assintomáticos.  Os sintomas surgem gradualmente e podem demorar anos para aparecer.

 

Os sinais e sintomas mais frequentes e que devem ser observados atentamente são:

 

  • Sede constante;
  • Vontade de urinar a toda hora;
  • Formigamento em pernas e pés;
  • Feridas que demoram a cicatrizar;
  • Cansaço frequente;
  • infecções de pele e trato urinário de repetição;
  • Visão embaçada.

 

Se não diagnosticada de forma precoce e tratada corretamente, a longo prazo, a glicemia elevada pode causar sérios danos ao organismo. Entre as complicações, destacam-se lesões e placas nos vasos sanguíneos, que comprometem a oxigenação dos órgãos e elevam o risco de infartos e acidente vascular cerebral (AVC).

 

Outras consequências são:

 

  • Retinopatia: danos à retina, tecido no fundo do globo ocular, que levam à cegueira;
  • Nefropatia: danos nos vasos sanguíneos dos rins com perda de proteína pela urina e perda gradual da função renal. O diabetes é uma das principais causas de indicação para hemodiálise em adultos;
  • Neuropatia periférica: degeneração progressiva dos nervos, que interfere na sensibilidade;
  • Pé diabético: complicação comum do diabetes caracterizado por feridas na pele e falta de sensibilidade,  podendo levar a amputação do membro afetado.

 

DIAGNÓSTICO

 

Um simples exame de sangue pode revelar se você tem diabetes. O diagnóstico é feito utilizando valores de glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl em 2 ocasiões ou com o teste de tolerância à glicose colhendo-se a glicemia 2 horas depois com valor maior ou igual a 200 mg/dl. Além disso, utilizamos o valor da hemoglobina glicosilada (HbA1c) maior ou igual a 6,5%.

 

É fundamental dizer que o diabetes é uma enfermidade silenciosa, ou seja, na maioria dos casos, os sintomas descritos aparecem somente quando a doença já avançou. Portanto, checar o nível de glicose no corpo deve estar entre os exames de rotina, assim como consultar com um endocrinologista para avaliação da saúde como um todo.

 

É possível controlar a doença e viver com qualidade a partir do uso correto das medicações e bons hábitos de vida, onde a escolha por uma alimentação saudável e a prática diária de atividades físicas sejam a prioridade.

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